Pra manter aqueles tão queridos um pouco mais perto. Notícias, pensamentos, bobagens pra causar e sentir menos saudades...
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Cada dia um sentimento novo, uma descoberta nova. E o meu coração, que agora tão fragilizado, explode de alegria ao lado de vocês! <3
Ps: hoje a foto é só simbólica, não tem nem a 1/3 das pessoas que eu gostaria que aparecessem nesse post!
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Você chama, ele responde. Não, ele não apenas retribui o seu chamado, mas ele te invade. Invade sua calmaria, sua serenidade, sua paz, seus pensamentos, sua alma. Ele não apenas invade, ele permanece. Ele perturba, se instala, dilata, transborda. Monta acampamento, que nem sem terra, e recusa-se a sair. Ou é você, no seu mais profundo íntimo, no seu subconsciente, que não o deixa partir. Não solta sua mão, não lhe da às costas e ainda olha pra trás. Sempre. De rabo de olho, não importa. Seu olhar está lá, repousando sobre ele. E é dessa brecha que ele vai se aproveitar pra te penetrar. Tirar-te o fôlego, te roubar o sossego.
E aí vem junto o medo. E aí a gente puxa as rédeas e se segura como pode. Protege-se do amor, foge da paixão. O que era pra ser divertido traz outra sensação. O frio na barriga você já não sabe mais se ultrapassou a linha tênue entra a dor e o prazer. Porque uma paquera, um affair, uma transa ou qualquer outra relação inofensiva e descartável cujos movimentos são pré-fabricados é ok. Tudo o que corre dentro do esperado, não precisa de improvisos, não vai além do combinado, não te toca profundamente, é permitido. Agora quando o sentimento cresce e toma proporções incontroláveis é que a insegurança vem. É que nós temos medo do que não entendemos e do que não sabemos como lidar. É que nós temos traumas. Fraturas expostas que demoraram a sarar.
Conquistamos nossa liberdade com a revolução sexual, mas ainda vivemos uma submissão emocional: desde a infância, vemos os homens sendo criados para ser independentes e nós estimuladas a depender deles, a cultivar o sonho de um dia encontrar alguém que dará significado à nossa vida. Crescemos vendo contos de fadas, novelas e filmes que nos ensinam que não é possível ser feliz sozinha. Que é preciso sempre de alguém pra abrir a porta do carro, pra trocar a lâmpada ou o pneu, abrir o vidro de azeitona, pra emprestar o casaco quando esfriar, pra te acompanhar no trajeto de casa e te buscar na escola/trabalho. Aí o tempo passa e tomamos um tombo. Na adolescência vemos na prática que não é tão simples assim achar essa tal alma abençoada para chamar de gêmea. Então, após alguns corações partidos, desabafos amorosos, tempo deglutido, ressentimento digerido e alma cicatrizada, alguma coisa aprendemos. A prática novamente nos faz enxergar que não devemos depender de ninguém, e que a felicidade está dentro de nós, não no outro.
Em alguns casos a gente ultrapassa os limites da nossa independência amorosa. Chegamos até a construir uma muralha para proteger nossos sentimentos. Engessamos nossos corações para ninguém os alcançar. Não é culpa nossa, não é algo proposital. Nossa fortaleza sentimental tem razão de existir. Cansamos de abrir os portões pra quem só nos devastou. Cansamos de cupidos estúpidos ruins de mira. Já mergulhamos demasiadas vezes na angústia do vazio agudo de “perder” quem nunca nos mereceu. E reabrir-se requer um difícil aprendizado emocional. Porque ninguém quer colecionar cicatrizes. E se eu demorei tanto pra me recompor, se a minha fratura exposta demorou tanto para colar, não quero que ninguém tire meu chão e me faça desabar caso um dia mude de ideia e não resolva mais me amar. Por isso meu gesso é duro e suas paredes são grossas.
E isso explica a angústia que às vezes nos toma conta quando sentimos que nossa respiração arfa mais forte por alguém. A gente se aflige porque sabe que essa é uma decisão que cabe somente a nós mesmas. Afinal, a gente pode até não escolher por quem nos apaixonamos, mas temos o exato controle sobre o que fazer com esse sentimento. Traumas todas nós temos, e eles são do tamanho das expectativas que depositamos neles. A gente é mulher, alimenta esperanças, cria fantasia, e às vezes também confundimos atitudes e nos iludimos. Mas acho que chega uma hora em que temos que criar coragem para tirar o gesso e andar por conta própria. Já engessei meu coração várias vezes, mas as cicatrizes que tenho formam quem eu sou, e é por isso que nunca vou deixar de me jogar quando meu coração mais forte pulsar.
(Laís Montagnana)
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
E hoje acordei decidida. Não que seja difícil nessa altura do campeonato, com as malas já iniciadas. Confesso que os últimos dias de Rio tem sido maravilhosos, mais do que o esperado, tornando a partida mais confusa. Metade de mim quer ficar e viver o brilho desses dias, metade de mim quer a aventura. A divisão não me deixava dormir a semanas. Agora que as coisas estão tão boas, por que deixar tudo pra trás? Agora que encontrei exatamente o que procurava, eu deveria supostamente ficar e lutar ou partir e deixar o futuro se encarregar de tudo? Mas hoje eu acordei decidida a deixar de assistir e aceitar as escolhas de outros e fazer as minhas. Hoje eu avisei oficialmente que daqui 1 mês, o Rio deixará de ser meu berço, pelo menos por um tempo. Hoje eu cuspi todas as palavras que eu precisava dizer, e estou pronta pra seguir pra um novo aprendizado sabendo que fiz o meu melhor, mesmo que as coisas não tenham sido como eu quis.
E agora é terminar as malas e aproveitar o máximo as pessoas.
Quero tudo novo de novo. Quero não sentir medo. Quero me entregar mais, me jogar mais, amar mais.
Viajar até cansar. Quero sair pelo mundo. Quero fins de semana na praia. Aproveitar os amigos e abraça-los mais. Quero ver mais filmes e comer mais pipoca, ler mais. Sair mais. Quero um trabalho novo.
Quero não me atrasar tanto, nem me preocupar tanto. Quero morar sozinha, quero ter momentos de paz.
Quero dançar mais, comer mais brigadeiro de panela, acordar mais cedo e economizar mais.
Sorris mais, chorar menos e ajudar mais. Pensar mais e pensar menos. Andar mais de bicicleta. Ir mais vezes ao parque.
Quero ser feliz, quero sossego, quero outra tatuagem. Quero me olhar mais. Cortar mais os cabelos. Tomar mais sol e mais banho de chuva. Preciso me concentrar mais, delirar mais.
Não quero esperar mais, quero fazer mais. Suar mais, cantar mais e mais. Quero conhecer mais pessoas.
Quero olhar pra frente, e só o necessário para trás. Quero olhar nos olhos do que fez sofrer e sorrir e abraçar, sem mágoa.
Quero pedir menos desculpas, sentir menos culpa. Quero mais chão, pouco vão e mais bolinhas de sabão.
Quero aceitar menos, indagar mais, ousar mais. Experimentar mais. Quero menos "mas".
Quero não sentir tanta saudade. Quero mais e tudo o mais.
"E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha."
-Fernando Pessoa
E agora é terminar as malas e aproveitar o máximo as pessoas.
Quero tudo novo de novo. Quero não sentir medo. Quero me entregar mais, me jogar mais, amar mais.
Viajar até cansar. Quero sair pelo mundo. Quero fins de semana na praia. Aproveitar os amigos e abraça-los mais. Quero ver mais filmes e comer mais pipoca, ler mais. Sair mais. Quero um trabalho novo.
Quero não me atrasar tanto, nem me preocupar tanto. Quero morar sozinha, quero ter momentos de paz.
Quero dançar mais, comer mais brigadeiro de panela, acordar mais cedo e economizar mais.
Sorris mais, chorar menos e ajudar mais. Pensar mais e pensar menos. Andar mais de bicicleta. Ir mais vezes ao parque.
Quero ser feliz, quero sossego, quero outra tatuagem. Quero me olhar mais. Cortar mais os cabelos. Tomar mais sol e mais banho de chuva. Preciso me concentrar mais, delirar mais.
Não quero esperar mais, quero fazer mais. Suar mais, cantar mais e mais. Quero conhecer mais pessoas.
Quero olhar pra frente, e só o necessário para trás. Quero olhar nos olhos do que fez sofrer e sorrir e abraçar, sem mágoa.
Quero pedir menos desculpas, sentir menos culpa. Quero mais chão, pouco vão e mais bolinhas de sabão.
Quero aceitar menos, indagar mais, ousar mais. Experimentar mais. Quero menos "mas".
Quero não sentir tanta saudade. Quero mais e tudo o mais.
"E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha."
-Fernando Pessoa
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